Os fundamentos jurídico-institucionais que organizam a política —entendida aqui como práticas reguladas através das quais os sujeitos participam da direção e governo de sua sociedade— excluem crianças e jovens por serem menores de idade. A partir da reconstrução do trabalho de campo em dois contextos diferenciados —o Programa A legislatura e a Escola do Poder Legislativo da Cidade Autônoma de Buenos Aires e centros de estudantes de colégios de nível médio— analisam-se aspectos problemáticos relativos aos conteúdos e métodos de participação dos jovens no espaço público. As práticas documentadas por nossa pesquisa reatualizam a tensão analisada na literatura contemporânea a respeito do sentido dado à política e o que se pode entender como o político, sob cuja luz se enfocam as preocupações e debates que circulam entre os jovens. A reflexão aprofunda os roteiros da construção do bem comum que os jovens elaboram, bem como as formas de participação política que acreditam legítimas, incluindo na análise os impactos que poderiam ter numa eventual democratização da escola.
Batallán, G., Campanini, S., Prudan, E., Enrique, I., & Castro, S. (2020). A A participação política de jovens adolescentes no contexto urbano argentino. Apontamentos para debate. Última Década, 17(30), 41–66. Recuperado de https://ultimadecada.uchile.cl/index.php/UD/article/view/56038